domingo, 30 de outubro de 2011

E a saúde pública...

Folha on-line:


29/10/2011 - 20h23

Lula deixa hospital em SP após diagnóstico de câncer


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou, às 20h16 deste sábado, o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após a realização de exames que detectaram um tumor na laringe. Ele e sua mulher, Marisa Letícia, saíram por uma porta lateral do hospital em direção a São Bernardo do Campo, onde moram.


É claro que não há nada melhor (mesmo de um modo maldoso) para avaliar a situação das duas prioridades governamentais (saúde e educação) senão que seus próprios governantes façam uso do fruto de suas administrações. Mas o que vemos não é isso. Nunca apareceu uma notícia de algum político que tenha colocado seus filhos em escola pública após os anos 90. 
O ex-presidente Lula se encontra numa situação complicada, ao que parece foi detectado um tumor na laringe. Ele começará a fazer tratamento, mas, claro, não pelo SUS. Não um tratamento que é dado a pelo menos 100 milhões de brasileiros e que, por 8 anos, sua administração chefiou. É, este é o nosso serviço público e nossos administradores públicos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Significados e Significações

OK, para quem já conhece Vygotsky, vale mais pela música:


   Mas fica a dúvida, e quando todo significado parece não convergir? Veja o trecho:
   Em "As Viagens de Gulliver", é contada uma história sobre a guerra de 800 anos entre anões que cortavam os ovos de maneiras diferentes, uns pela parte de cima, outros pela parte de baixo, quando a lei estabelecia que os ovos deviam ser cortados pelo lado certo. E mais, conforme texto de C. H. Cony, "Contam que na Revolução Cubana, tomando o poder, Fidel Castro perguntou a seu Estado-Maior se havia algum economista entre eles. Che Guevara apresentou-se. Espantado, Fidel comentou: "Eu sabia que você era médico, mas não economista!". Guevara explicou-se: "Desculpe, eu entendi que você precisava de um comunista".

  O problema é que quando se tem isso, temos também outros problemas, como as guerras, as discriminações, os preconceitos, etc. É, às vezes é muito complicado.
  

domingo, 18 de setembro de 2011

Crise

Segundo Moisés Naim (@moisesnaim), esta crise transforma a Europa de tal maneira que país algum no mundo sabe o que se sucederá, pois:

1 - Para crescer e aumentar a economia, aumentam-se com isso as receitas fiscais, poucos países conseguiram isso, visto que a maioria entrou em recessão;
2 - Torna-se quase necessária a moratória ( o famoso "calote"), afinal, pagando-se contas, sobra-se nada no país;
3 - Esse terceiro ponto é o perigoso "corte" nos orçamentos. O que inclui educação, saúde, segurança e até previdências. Esse ponto causa graves revoltas e derruba governos;
4 - A Inflação, sempre ela, sabe-se que é ruim para a economia, especialmente para os assalariados, e alivia o problema do endividamento de uma maneira menos politicamente estridente. Mas não resolve o problema do endividamento em outras moedas;
5 - E por fim a repressão financeira: Acontece quando os governos tomam medidas que canalizam para eles recursos que, de outro modo, seriam destinados a outras finalidades ou sairiam da economia. Isso também gera a problemas, graves problemas sociais.

   Então, senhores, como sair dessa crise? Lembrem-se que o sistema financeiro não tem mais "pátria", a economia é global. O que fazer?

sábado, 10 de setembro de 2011

Poucas e certas palavras


Mudanças e Mudanças...


O que de fato é importante?

Professor Fox
O importante é ter conteúdo. Outra balela: aparências são mais importantes. Em meados dos anos 70, psicólogos da Universidade da Califórnia criaram o Dr. Myron L. Fox. Ele era uma fraude. Para representá-lo, contrataram um ator charmoso que deu uma aula sobre "teoria dos jogos matemática aplicada à educação física". A aula não passava de um amontoado de bobagens sem sentido, com frases de duplo sentido e contradições. A plateia, composta por psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, adorou. Ao avaliá-lo, deu-lhe notas muito positivas. 


Então, né?

  Até o século XVIII as pessoas eram recebidas (bem ou não) devido a seu berço e não necessariamente aos seus apetrechos. No entanto as coisas foram mudando e mudando. Com a derrubada dos sistemas monárquicos e da estabilidade hereditária no poder, mudou-se também algumas formas de verem as pessoas.
 Atualmente, chegando você a uma festa, ou qualquer coisa que o velha, é importante que chegue "apresentável", com carro e tudo mais. Há uma inversão de valores nisso?
  Na verdade talvez não haja. O que ocorreu é que saiu-se da visão familiar de poder e passou ao objeto de fetiche, ou seja, a característica de poder se torna palpável e visível. Sendo assim  objetos, aparato e aparências, em sua suposta futilidade, são a chave de nossa liberdade para circular na hierarquia social, entrar em grupos diferentes do grupo no qual nascemos. E o que é pior, não será de admirar se confrontos e revoltas como ocorreram na Inglaterra se tornem normal ao redor do mundo "um pouco mais civilizado". É, viramos escravos dos nossos produtos...